O humorista Hélio de La Peña visitou nesta sexta-feira (13/11) o Colégio Estadual André Maurois, no Leblon. A galera se divertiu e recebeu dicas do artista, durante as gravações do programa Caminhos da Escola, exibido pela TV Escola, um canal do Ministério da Educação.
Seu jeito simples e descontraído atraiu a atenção dos alunos, que fizeram perguntas sobre o período escolar e a carreira artística.
- Diferente do que as pessoas pensam, eu era um tremendo CDF. Estudava pra caramba.
A vida escolar de Hélio começou na Escola Municipal Desembargador Montenegro, na Vila da Penha. Depois, passou para o Colégio São Bento, onde completou os ensinos Fundamental e Médio.
A habilidade em Matemática o levou a cursar Engenharia, na UFRJ. Atuou na profissão por quatro anos e, com o salário de engenheiro, conseguiu levar à frente o que antes era apenas um hobby: escrever humor.
- Trabalhava num projeto em Itaipu. Talvez isso explique o apagão. – brincou.
Foi na época de faculdade que conheceu Beto Silva e Marcelo Madureira. Juntos, formaram o jornal Casseta Popular.
- Vendíamos os exemplares de mão e mão, em bares, na praia. A persistência fez com que fossemos contratados como redatores de TV. Se fosse hoje, as notícias seriam colocadas na internet imediatamente.
Hélio também defende a utilização da internet na escola, desde que sob orientação do professor.
- O professor precisa ter contato com as notícias e provocar um debate imediato com os alunos, deixar que eles coloquem as opiniões e troquem informações.
Os estudantes do 2º ano do André Maurois já sabem como aplicar bem essa dica. Eles estão trabalhando o projeto “Rio, uma cidade feliz”, com a professora de Língua Portuguesa, Eliana Martelotta.
- Produzimos redações e cartazes sobre o Rio, enquanto ainda era candidato às Olimpíadas 2016. Quando a cidade foi finalmente escolhida, intensificamos a pesquisa na internet. Os meninos participam bastante, mostrando o que ainda falta para tornar nosso município ainda melhor.
Na opinião de Hélio de La Peña, uma dica para tornar os laboratórios de informática um espaço bem utilizado é aproveitar os fatos que acontecem no momento e levar os assuntos das mídias eletrônicas para dentro do convívio da escola.
- A internet é uma ferramenta ótima, mas o aluno acaba tirando mais proveito no lazer, do que na formação. O colégio que não se aproxima das mídias atuais se torna desinteressante.
Para o humorista, os jovens têm à disposição tantos sites de busca, onde a informação chega mais fácil, que acabam não sabendo usar os meios tradicionais, como o dicionário. Segundo ele, o educador deve saber lidar de forma confortável com as novas tecnologias para ser capaz de estimular seus alunos.
- A internet dá uma informação imediata, mas superficial. O papel do professor é fundamental e ele deve estar atualizado. Como o professor pode convencer o aluno de que ele deve ler, se ele próprio não lê? Como trabalhar com a internet, se ele não gosta dela? Precisaria haver uma reciclagem.
- Achei a visita perfeita. Foi uma honra. Percebi como ele é focado, centrado e isso vai servir para a carreira que quero seguir – conta Hudson, integrante do grupo teatral Na Boa Companhia, que funciona na unidade.
O Colégio André Maurois atende cerca de 2.500 alunos do Ensino Médio em três turnos.
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