domingo, 19 de outubro de 2008

Quem foi ANDRÉ MAUROIS?

               por Edméia Silva (profª. de Biologia e Química dclip_image001o CEAM)

A nossa escola carrega um nome muito importante, que foi dado em homenagem a um grande escritor cujo nome original era Emile Salomon Wilhelm Herzog.

Eleito para a Academia Francesa em junho de 1938, Emile Herzog foi ensaista e romancista , historiador e biógrafo.

Nascido na Normandia, em 26 de julho de 1885, numa família judia que tinha deixado a Alsacia após a guerra de 1870, foi também a guerra que o conduziu à literatura. Sua experiência como oficial de ligação junto ao exército britânico o inspirou a escrever dois livros de reflexões humorísticas: “O silêncio do coronel Bramble” (1918) e “ Os discursos do doutor O’ Grady “ ( 1922). Alguns romances de cunho psicológico, como “Climas”(1926) e “ O círculo de família” (1932) dão-lhe um grande público e a literatura que inicialmente era um passatempo e torna-se um meio de sondar e conhecer o homem.

Ele se dedica inteiramente a escrever e produz contos de fundo moral, ensaios, e, sobretudo, biografias de homens famosos. Ele começa neste gênero por estudos romanceados como “ Ariel ou a vida de Shelley”(1923), “ A vida de Disraëli “( 1927) “ Byron”(1931), que lhe dão consagração no mundo literário. Daí, evoluindo para um estilo mais despojado, produz entre outras as obras “ A procura de Marcel Proust “(1949) , “ Olimpo ou a vida de Victor Hugo”(1955), “ Prometeu ou a vida de Balzac”(1965).

Seu pseudônimo André Maurois tornou-se seu nome legal em 1947.

Em 9 de outubro de 1967, André Maurois morre, deixando-nos como herança seu pensamento lúcido e humanista.

Algumas de suas citações podem servir a nossa reflexão:

• Ne cherchez pas à faire, de l'éducation, une suite de plaisirs. Seul l'effort donne à l'esprit de la vigueur.

(Lettres à l'Inconnue, Fayard, p.187)

Não procure fazer da educação uma sequência de prazeres. Somente o esforço dá ao espirito o vigor.

• Les sources de la beauté sont souterraines et secrètes.

(Lettres à l'Inconnue, Fayard, p.63)

As fontes da beleza são subterrâneas e secretas.

• Être exigeant, c'est montrer de l'intérêt.

(Lettres à l'Inconnue, Fayard, p.48)

Ser exigente é mostrar interesse.

• Le bonheur n'est pas dans les événements. Il est dans le coeur de ceux qui les vivent.

(Lettres à l'Inconnue, Fayard, p.185)

A felicidade não está nos acontecimentos. Está no coração daqueles que os vivem.

• [...] le bonheur c'est précisément de n'avoir aucun désir de changer ceux que l'on aime.

(Lettres à l'Inconnue, Fayard, p.160)

A felicidade é precisamente não ter nenhum desejo de mudar aqueles a quem se ama.

• Le tyran est toujours un esclave.

(Lettres à l'Inconnue, Fayard, p.118)

O tirano é sempre um escravo.

• Tout l’art du mariage est de savoir passer de l’amour à l’amitié, sans pour cela sacrifier l’amour.

(Lettres à l'Inconnue, Fayard)

Toda a arte do casamento é saber passar do amor à amizade, sem para isto sacrificar o amor.

(Baseado nos artigos da Wikipédia ,em Philip de László e http://www.evene.fr/celebre/biographie/andre-maurois-878.php.)

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